Richard

O carrasco medroso

Abro meus olhos, encharcados por...
Sentindo o peito sendo esmagados por prensas 
Mas, não vejo nada, a não ser um espelho 
Meus ombros pregados, pregos da cruz, doem 
Fundo o suficiente para machucar com apenas o ato de piscar 
Cada piscada vem com si lagrímas
Suando, suando frio, sinto medo 
Começa a fazer meu sangue ferver, sinto a morte ou pior 
O desespero me faz se mexer descontroladamente, causando uma imensa dor 
Os pregos ficam cada vez maiores, quanto maior a dor, maior eles ficam 
Perdendo o sentido, extasê da loucura 
Até a cama me faz mal, expelindo suas agulhas de seu enchimento 
Perto da morte, ou ja estando com ela
Me vejo naquela posição patética, imbecil 
Não é espelho, sou eu 
Apenas eu, eu que desejo, longe disso 
O ódio fermentado por coisas efemêras é a causa
Tenho que expor, mas não para o mundo, para mim mesmo
Machucar esse ser medíocre já é o suficiente para continuar vivendo como sou, uma casca 
Toda a dor se foi, se esvaziou 
Vejo a faca em minhas mãos tremulas, pronta para o final 
Sim, eu desejo 
Cravo a belíssima faca no peito do morimbundo deitado, ínutil 

Abro meus olhos, encharcados por...
Acordo, saindo de um pesadelo para outro 
Nesse eu não tenho coragem, a fraqueza me domina 
Mas em devaneios, sim, lá eu consigo, quantas vez eu quiser.

  • Autor: Richard (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Janeiro de 2022 17:03
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13


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