Caem as cinzas pelo campo flóreo,
Em silêncio e também na soturnez,
Vem o astro de semblante merencório
Recamado de egrégia lividez.
Ó sonhos que jazem num céu notório,
Na luz pálida, em fria morbidez,
Onde vagam os seres ilusórios
Recamados de etérea palidez.
Saudade dos luares nevoentos,
Do silêncio vagando solitário
Entoando para mim a tua ária...
Das flores desfolhadas pelo vento,
Dos sinos de outrora em meu fadário
Numa noite fria e solitária.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 11 de janeiro de 2022 18:58
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
Comentários1
Que soneto maravilhoso! Nota 10 é pouco!
Parabéns por essa obra de arte!
Obrigado pelas sinceras palavras. Um abraço.
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