Caem as cinzas pelo campo flóreo,
Em silêncio e também na soturnez,
Vem o astro de semblante merencório
Recamado de egrégia lividez.
Ó sonhos que jazem num céu notório,
Na luz pálida, em fria morbidez,
Onde vagam os seres ilusórios
Recamados de etérea palidez.
Saudade dos luares nevoentos,
Do silêncio vagando solitário
Entoando para mim a tua ária...
Das flores desfolhadas pelo vento,
Dos sinos de outrora em meu fadário
Numa noite fria e solitária.
Thiago Rodrigues