PARA O ANO QUE SE FOI, HÁ UMA HISTÓRIA QUE FICA

Marcelo Veloso

Foi embora.

Entre trancos e barrancos,

chegou a hora.

E assim, se encerra.

Entre ascos e fiascos,

foi tanto pé de guerra.

 

Foi muito difícil.

Entre idas e vindas,

sobrou bastante suplício.

E mesmo tão dividido,

entre tampas e estampas,

restou um colorido.

 

E sem desentoação,

entre quadros e esquadros,

se expôs a emoção.

Enfim, deu-se o veredito.

Entre casos e acasos,

ficou tudo escrito.

 

Que a todos perdoe,

entre águas e mágoas,

nesse ano que se foi.

O limiar dá o tom,

entre rugas e rusgas,

que tudo fique bom.

 

A inarmonia se fez.

Entre alegações e negações,

ficou a divisão e o talvez.

Os abatimentos fluíram,

entre a paz e ser capaz,

situações se construíram.

 

Fica fixo na memória,

entre riscos e rabiscos

o registro da história.

E, assim, é a nossa lida,

entre traves e entraves,

segue-se a vida.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de janeiro de 2022 19:07
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    Bastante original na forma reduzida,realmente um meio poema,meio original, sai da formal e nos intriga
    Aplausos,poeta!

    • Marcelo Veloso

      Obrigado, Maria dorta, é como diz aquela expressão de trava-línguas: "O original não se desoriginaliza! Se desoriginalizásemo-lo original não seria!""". Abraços!



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