Foi embora.
Entre trancos e barrancos,
chegou a hora.
E assim, se encerra.
Entre ascos e fiascos,
foi tanto pé de guerra.
Foi muito difícil.
Entre idas e vindas,
sobrou bastante suplício.
E mesmo tão dividido,
entre tampas e estampas,
restou um colorido.
E sem desentoação,
entre quadros e esquadros,
se expôs a emoção.
Enfim, deu-se o veredito.
Entre casos e acasos,
ficou tudo escrito.
Que a todos perdoe,
entre águas e mágoas,
nesse ano que se foi.
O limiar dá o tom,
entre rugas e rusgas,
que tudo fique bom.
A inarmonia se fez.
Entre alegações e negações,
ficou a divisão e o talvez.
Os abatimentos fluíram,
entre a paz e ser capaz,
situações se construíram.
Fica fixo na memória,
entre riscos e rabiscos
o registro da história.
E, assim, é a nossa lida,
entre traves e entraves,
segue-se a vida.