... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

DESBARATO



Esperei por poética em vão, suando imaginação
Lacrimejando sensações, versos vãos, saudades
Arranquei suspiros indefesos e também emoção
Entre dispersas e as diversas sentidas vontades

Tive palácios, corte e versos com imortal ilusão
Com os jardins rimados com sonhos e vaidades
Adornei a cada aposento com direta inspiração
Chorei, ri, andei só, acolhido e com confrades

Em cada trova os sentimentos em ramalhetes
Eram versos a quem tem olhos ternos pra ler
Fui fiel bardo que sonhou e despertou jamais

E, nestas incertezas as hesitações em filetes
Fiz-me ladrão de quimeras, para esquecer
Sei que tudo passou e que não posso mais!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 dezembro, 2021, 05’05” – Araguari, MG

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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Comentários2

  • Maria dorta

    Claro que ainda podes! Com tal verve poética e tanta sabedoria continuara's tocando a harpa poética
    Feliz Ano!

  • Anny

    Há sempre um novo dia, e tudo se renova. Novas inspirações, novos olhares e a poesia volta a florar. Um belo dia para você, cheio de inspiração.



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