Ó vós, minha voz, que sois tão contida,
Não vos irriteis de minhas covardias,
Se hoje vos venço, passam-se os dias,
Se amanhã vos venço, passam mais ainda!
Passados os anos, finda-se a vida,
E este corpo, que vos fazia tiranias,
Não há de vos causar mais agonias,
Nem vos há de fazer despedida!
Ó vós, minha voz, atentai-vos à verdade
E não crieis, deste corpo, tal ojeriza,
Porque vos será raiva na eternidade!
Enquanto os olhos do corpo se esvaziam
E os abutres, da fome, se saciam
A voz da alma se liberta e se eterniza!
- Autor: Rafael zero ( Offline)
- Publicado: 30 de dezembro de 2021 01:18
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários1
Oba, agora é a vez da voz! Só faltou, o violão, viu, meu valioso vate!
Parabéns ao poeta, Rafael Zero.
Perdão... Mas oq é vate? Kkk
Sinônimo de poeta
Meu caro amigo.
Abraços
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