Gosto do que me faz mal,
Vivo pelo que não existe,
Sou um tolo sem igual,
Fico feliz quando estou triste
O que penso bem me faz,
O que falo mal me diz,
O que escrevo me traz paz,
O que faço não me condiz.
Não sonho a grandes alturas,
Tenho pouquíssima ambição,
As fantasias são minhas curas,
As pessoas, minha maldição.
Sou menos do que comum,
Sou uma dor sem sofrimento,
Não tenho talento nenhum,
Meu mundo é meu pensamento.
Vagueio de estrofe a verso,
Minhas palavras não têm nobreza,
No meu canto me entorpeço,
Sou um amante da beleza.
Minha sapiência é pouca,
Quero rir da minha mágoa,
Minha consciência é velha e louca,
Sou tempestade em copo d'água.
Quero ser mais do que sou,
Quero viver de pensar,
Quero estar onde não estou,
Quero dizer sem falar.
Talvez tente o impossível,
A dúvida me completa,
Creio ver o invisível,
Suponho que sou poeta.
Um verso não concebido,
Um sonho que se esqueceu,
Um andarilho perdido,
No fim de tudo, quem sou eu?
- Autor: Rafael zero ( Offline)
- Publicado: 29 de dezembro de 2021 00:57
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários2
..."Talvez tente o impossível,
A dúvida me completa,
Creio ver o invisível,
Suponho que sou poeta"...
Seu poema está demais, poeta Rafael Zero!
Parabéns, e seja bem -vindo no MLP
Vlw mesmo amigo, o mais broxante nessa história é eu ter de colocar um número do lado do meu nome, pq obviamente já tinha alguém com ele no site kkkkkk
Boa...kkk! Aínda bem que o Zero não está a esquerda!!!
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