Escrever poesia... queria
de coisas belas, qual ela.
Maravilhando-me por horas
a par dos ledos emboras
arrisquei-me à lua fria,
só cabia na janela.
Derramou suas lágrimas,
gélidas saudades, e lembrava.
Joga cá nuas ilusões
aos fracos corações:
Sela tuas lástimas
pobre lua, mas tão alva.
Por que murmúrio crias
a banhar-me a lapela?
Sei já que choras,
perdendo teus agoras.
Treslouca ora rias,
que tranca tua cela?
“Falhei às almas plácidas,
de muito as desejava.
Exalam, de pronto, os vilões,
sentimentos a más intenções,
tão triste, embora ávida,
que incertos amores arfava”.
Lágrima que assim se evadia
toca a falar-te, ó bela:
Alegra, pois, por meus outroras,
que a amei pelos muitos aforas
tão bela quanto foste um dia,
Amada minha, Cinderela.
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Autor:
Italo Santos (
Offline)
- Publicado: 28 de dezembro de 2021 20:51
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7
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