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O tempo passou!
Passou levando minha infância,
levando meus amores e desamores,
deixando cicatrizes nessa caminhada.
Começamos a morrer quando nascemos,
nesse tempo que nos foi concedido,
nessa luta incessante entre nascer e morrer.
Faz-se e desfaz-se muitos amores entre sonhos.
A vida passou com o tempo,
esse tempo de loucas e dilacerantes entregas,
nesses filhos que crescem, nesses amores que definham,
o tempo é inexorável, esse tempo de incertezas.
Ácido esse tempo que nos envelhecem,
que gera rugas, bengalas e solidão.
Quantos filhos, quantas noivas, quantos ais,
se diluem com o tempo, que transforma tudo.
Transforma nossos sentimentos, nossos desejos.
Emolduram-nos solidões permanentes, entre tempos.
O tempo passou na varanda da minha casa,
levando-me nessa correnteza de angústias e tristezas.
Conflito permanente nessa vida, resultado desses tempos!
Assim passou o tempo das minhas reminiscências.
Passaram-se meus sonhos, meus ardores ofegantes.
Ficaram esses olhares longos nesses tempos desbotados...
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de dezembro de 2021 10:11
- Comentário do autor sobre o poema: Ácido esse tempo que nos envelhecem, que gera rugas, bengalas e solidão.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários1
Tempo que não pára, então, quando ele passar que encontre os belos amores, lindos sonhos e uma infância bem vivida.
Gostei muito!!
bom dia.
Obrigado
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