Jonas Teixeira Nery

Ah, esse tempo!


Aviso de ausência de Jonas Teixeira Nery
NO

O tempo passou!

Passou levando minha infância,

levando meus amores e desamores,

deixando cicatrizes nessa caminhada.

 

Começamos a morrer quando nascemos,

nesse tempo que nos foi concedido,

nessa luta incessante entre nascer e morrer.

Faz-se e desfaz-se muitos amores entre sonhos.

 

A vida passou com o tempo,

esse tempo de loucas e dilacerantes entregas,

nesses filhos que crescem, nesses amores que definham,

o tempo é inexorável, esse tempo de incertezas.

 

Ácido esse tempo que nos envelhecem,

que gera rugas, bengalas e solidão.

Quantos filhos, quantas noivas, quantos ais,

se diluem com o tempo, que transforma tudo.

 

Transforma nossos sentimentos, nossos desejos.

Emolduram-nos solidões permanentes, entre tempos.

O tempo passou na varanda da minha casa,

levando-me nessa correnteza de angústias e tristezas.

 

Conflito permanente nessa vida, resultado desses tempos!

Assim passou o tempo das minhas reminiscências.

Passaram-se meus sonhos, meus ardores ofegantes.

Ficaram esses olhares longos nesses tempos desbotados...

  • Autor: JTNery (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Dezembro de 2021 10:11
  • Comentário do autor sobre o poema: Ácido esse tempo que nos envelhecem, que gera rugas, bengalas e solidão.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14

Comentários1

  • Priscila Ribeiro

    Tempo que não pára, então, quando ele passar que encontre os belos amores, lindos sonhos e uma infância bem vivida.

    Gostei muito!!



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