Jucklin Celestino Filho

ANALFABETO NAS LETRAS, DOUTOR NA RIQUEZA ACUMULADA

 

Achei muito interessante,

Deverás empolgante

A história do Raimundo

De Vago Arrogada:

Disse que era doutor

Porque estudou

E se formou

Pela universidade

Do mundo

Que forma sábios e vagabundos.

 

Salientou a sorrir e a brincar:

-- Meu amigo ,

Ouça o que lhe digo:

A felicidade

Suprema é possível,

Algo crivel

Se for humilde e se contentar

Com o pouco que tenha,

É preciso que venha

A ter só o que lhe convenha!...

 

De que adianta buscar a realeza

De viver no ocio da grandeza,

Na trambicagem de costumeira lida ,

Às expensas dos outros conseguida ?

Que a ciência e a sapiência

Lhe acudam,

Livros e faculdade

Até que ajudam,

Mas conhecimento e inteligência

São coisas totalmente divergentes.

 

Ninguém se faz inteligente

Lendo livros, meu senhor !

Há quem tenha

Muitos livros lido

E é burro,

Demasiadamente turro!

E há quem nunca tenha lido

Um livro e é sabido.

Este que lhe fala,

A história não resvala

No nada:

Sou analfabeto nas letras, doutor

Na riqueza acumulada.

 
 
  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Dezembro de 2021 08:08
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 28

Comentários2

  • Nelson de Medeiros

    Bom dia, poeta.
    Sempre extremamente sábias as tuas letras, companheiro.
    Parabens

    1 ab

  • Shmuel

    Jucklin Celestino Filho, é realmente um craque em versejar. Este poema é um murro com luvas de pelicas, em muitos arrogantes no topo do seu pseudo-saber. É claro que fatores externos (faculdades, leituras, uma boa educação escolar, etc...) contribuem muito, mas a inteligência/sapiência no meu parco entendimento, parece- me inatas, aos indivíduos. Agora ser arrogante, e se prevalecer achando que é o tal, para mim, é coisa de gente burra mesmo. Que me perdoe o pobre animal aqui citado.kkk
    Abraço mestre, Jucklin!



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.