POÉTICA

Carlos Lucena

POÉTICA
Não escrevo palavras
Elas podem calar  
Não creio nos versos
Creio na realidade dos encantos
No êxtase dos 
Espantos
Uma estrela pisca
Na escuridão do céu
E na manhã seguinte
Posso ouvir 
A música das abelhas
Puro favo 
Puro mel
E do útero da colméia
A poesia parida
Antes fecundada
Sem métrica
Sai assim louca desvairada
Ora protesto
Ora manifesto
Desvenda a flor
Como a abelha
E brilha como centelha
Arde como dor
E dói como amor.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de dezembro de 2021 01:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.