De improviso...

Abel Ribeiro


Aviso de ausência de Abel Ribeiro
NO

Os dias de tédio servem também

Para um verso de improviso

Embalado nas palavras do ouvido

Da caneta com a folha de papel

Do momento imperdível.

E da hora de tirar o chapéu.

 

O vinho e a taça acompanham

Na embriagues do som

Meu corpo fica tomado

No gozo da palavra e do tom

Namorando com meu ouvido calado

 

A poesia faz amor com os versos?

Amor de momentos e delírios

Atravessados pela nobreza da alma

Apagada pela lembrança que acalma

Adeus ao momento de martírio

 

Mudamos a palavra de lugar

Buscamos na rima lá e cá

Na posição da estrofe

Combinada com o acaso

Aflito, paixão, desprezo...

Sentimento de saudade, desejo.

Palavras são pedras preciosas

Ilude-nos, mas nos retira da solidão

E os versos, ahhh os versos.

São a sua criação.

  • Autor: Abel (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de maio de 2020 14:50
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11
Comentários +

Comentários2

  • Adriele Bernardi

    Um poema lindo de se ler... Obrigada por abrilhantar minha tarde Abel 🙂

    • Abel Ribeiro

      Oi Adriele, tudo bem?
      No poema anterior chamado "As feridas da vida" fiz uma menção a você.

      • Adriele Bernardi

        Que honra Abel. Eu vou ler. Muito obrigada:)

      • Gislaine Oliveira

        Pra quem escreve, o tédio é algo que na verdade, não existe. Adorei!



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