Os dias de tédio servem também
Para um verso de improviso
Embalado nas palavras do ouvido
Da caneta com a folha de papel
Do momento imperdível.
E da hora de tirar o chapéu.
O vinho e a taça acompanham
Na embriagues do som
Meu corpo fica tomado
No gozo da palavra e do tom
Namorando com meu ouvido calado
A poesia faz amor com os versos?
Amor de momentos e delírios
Atravessados pela nobreza da alma
Apagada pela lembrança que acalma
Adeus ao momento de martírio
Mudamos a palavra de lugar
Buscamos na rima lá e cá
Na posição da estrofe
Combinada com o acaso
Aflito, paixão, desprezo...
Sentimento de saudade, desejo.
Palavras são pedras preciosas
Ilude-nos, mas nos retira da solidão
E os versos, ahhh os versos.
São a sua criação.