Conheço daqueles
Que a cegueira
Da riqueza,
Os dominou totalmente,
É o caso dos Pedros Cem
Que tinham a crença
Idiota e inoportuna
Que nunca lhes
Acabaria a fortuna
Porque de tudo tinham cem ,
E acabaram sem um vintém;
Outros, que tendo tanta grana,
Vivendo de bacanas ,
Mesquinhos e ordinários,
Frequentemente
Orgulhosos e perdulários,
Presos à fogueira
Da vaidade
Não podiam
Do dinheiro que possuiam
Usufruir,
Porque a doença
Ou a avançada idade
Os impediam
De seus bens gerir.
História de poderosos
Que muito possuíam
E mais queriam possuir
Por serem gananciosos!
Mas como a vida apronta --
Ela dá, ela mesma tira --
Um dia, chega a conta:
Tudo lhes retira,
Deitando-se por terra
Algo que inutilidade encerra:
Usuras e ganâncias ,
Refolhos da avareza
De querer
Mais e mais riqueza,
Avaramente mais bens obter
Já tanto possuindo
Seu galardão de ouro.
Por não estar dormindo
No seu trono,
Zeus, o poderoso
Monarca olimpiano,
Atendendo os rogos
Que da terra
Lhe chegaram ao trono,
De imediato lhes
Concedeu verdadeiro
Ouro de tolo,
Que bobos pensavam
Ser rico tesouro.
Lição da vida tendo
Hoje, sempre e agora
Em sentido lato
E figurado vigorando.
Há tantos Midas
Pela vida afora --
Tudo que tocam,
Vira ouro.
Mas não podem
Se alimentar comendo
O metal precioso.
Morrem rodeados
De alimentos , bafejados
Pelo ganho fácil de dinheiro:
Tudo que tocam,
Vira ouro!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de dezembro de 2021 07:29
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 31
Comentários1
Bom dia poeta.
Teus poemas sempre nos brinda com idéias novas sobre fatos conhecidos. Um primor tua poesia.
1 ab
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