Poema de verão
Eu te amei perdidamente, num jardim
sem inverno, e sem a luz do sol.
Havia frio na alma cheia de cores, as folhas
secas que os ventos levavam, nas tardes,
com força, se desprendiam, onde meus pés
cansados e descalços pisavam o vazio,
carregando toda a solidão.
Eu te amei perdidamente, nas alamedas,
sobre as flores despetaladas, do verão,
quebrando o silêncio, e os pensamentos
acalmavam por dentro, era tudo o que
a poesia precisava. Eu te amei, demais,
quando em tudo havia mais alegria ...
E o aroma, o meu mundo colorido invadia.
A minha alma nasceu para viver um amor.
Ah se eu te amei! ... ainda te amo.
Eu te amei mais do que pude imaginar,
eu te amei com a intensidade do medo,
como alguém que vai, sem querer voltar.
Eu te amei com força, amei com calma,
amei com veemência, demência, desengano,
nas fases da lua, e na escuridão, eu te amo.
Eu te amei tentando te encontrar,
procurando conchas, pisando a areia ...
Te amei com devoção, com fé, sem te achar.
Nas fantasias, nos mistérios do amor, eu te amei,
de um jeito que conheço, e do que não sei ...
De tudo o que eu quis na minha vida,
você foi quem mais valorizei, ainda te amo,
e te amarei.
Liduina do Nascimento
- Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de dezembro de 2021 16:28
- Comentário do autor sobre o poema: Poema de amor eterno
- Categoria: Amor
- Visualizações: 38
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel, Ernane Bernardo
Comentários2
Que bela e eloquente declamacão de amor. Imaginei a clássica Julieta proferindo este poema para seu amado Romeu.
Simplesmente encantador!
Abraços!
Um poema encantador, uma linda declaração de amor, aplausos, pela beleza de teus escritos. Abraços poéticos.
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