Eu te amei perdidamente, num jardim
sem inverno, e sem a luz do sol.
Havia frio na alma cheia de cores, as folhas
secas que os ventos levavam, nas tardes,
com força, se desprendiam, onde meus pés
cansados e descalços pisavam o vazio,
carregando toda a solidão.
Eu te amei perdidamente, nas alamedas,
sobre as flores despetaladas, do verão,
quebrando o silêncio, e os pensamentos
acalmavam por dentro, era tudo o que
a poesia precisava. Eu te amei, demais,
quando em tudo havia mais alegria ...
E o aroma, o meu mundo colorido invadia.
A minha alma nasceu para viver um amor.
Ah se eu te amei! ... ainda te amo.
Eu te amei mais do que pude imaginar,
eu te amei com a intensidade do medo,
como alguém que vai, sem querer voltar.
Eu te amei com força, amei com calma,
amei com veemência, demência, desengano,
nas fases da lua, e na escuridão, eu te amo.
Eu te amei tentando te encontrar,
procurando conchas, pisando a areia ...
Te amei com devoção, com fé, sem te achar.
Nas fantasias, nos mistérios do amor, eu te amei,
de um jeito que conheço, e do que não sei ...
De tudo o que eu quis na minha vida,
você foi quem mais valorizei, ainda te amo,
e te amarei.
Liduina do Nascimento