Cavalo de aço veloz
Galopa na garupa de segundos ,
Minutos , horas e dias.
No calendário da vida
Passa célere pelo portal
Do tempo , levando
Tantos na rota do destino.
De repente, a cavalgadura se volta,
Se detém, e o que vê, o azucrina,
O coração entristece:
Ninguém lhe acena o lenço branco,
Chora sua despedida.
Logo vai partir.
Não pode ser até logo.
É o adeus que se impõe
Na curva do tempo já finito.
Leviatã dos nossos
Destinos e más sinas
Que controla-nos
Dias, minutos, horas e segundos,
Onde vai veloz...galopando
Espaços e números?
O cavalo de aço,
Galopa freneticamente
Apeando às portas
De um novo novo ano
Que já está indo
Sem deixar saudade.
Equino louco, desembestado,
Corre, voa , galopando
Espaços e números.
Em suas veias, cavalo, corre
Sangue de tantos
Inocentes que tombaram,
E outros ainda virão
A tombar este ano.
Adeus, animal desumano
Que se nutre de sangue,
Mortes e tormentas,
Já está indo tarde 2021,
Ano de chumbo e tormento!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de dezembro de 2021 09:11
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 30
Comentários1
Boa tarde mestre poeta.
Que o "cavalo de aço" vira na curva da estrada e leve consigo os cavalheiros do apocalipese brasileiro para longe e que não voltem em 2022.
ab
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