DE ONDE EU VIM?
De onde eu vim?
De onde?
Da arte no sangue
Do amor com amor se paga
Do jardim florescido
De um arvoredo vivido
Eu sou do oriente?
Continente, contrapartida?
Sou de gestos largos
E em mim exalto
Voz grave contralto
Vim da poeira e do pó
Sei que não sou daqui
Medito e rezo
Paixão e água benta
Lucidez plena
Poesia que arrebenta
Corpo aceso
Lago que corre
Canção na boca
Flor sem espinhos
Poesia, meus caminhos
Daqui não sou
Nem de outro continente
Nem de outro ocidente
Sou chama ardente
Queima e aqui não me faço presente
Sei que não sou daqui
De onde eu vim não está no mapa
Sou de tantos outros caminhos
Que como tantos aqui em descaminhos
Não navego em espinhos
Dentro de mim outras galáxias
Aqui sou um jardim abandonado
Sou água que corre e não cessa
Sou mar, ondas, espumas e correntes
Pago com amor a quem o sente
Terra desconhecida
Sou um desconhecido
Irreconhecido
Sou paixão, libido
Espinho no dedo
Sou grande vivido
Sou cordas de um violino
Vlad Paganini
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- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de dezembro de 2021 07:40
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel
Comentários2
Pode não ser daqui, mas que bom que você está aqui kkk. Só assim posso ler você, e dizer-te "pessoalmente" que adorei esta exposição de interrogações. Você é dos nossos. Abraços.
opa, rsrs, obrigado meu amigo, pois é, que bom que estou aqui, rsrs, caso contrário não teria como publicar e expor todos esses versos. abraços poéticos amigo poeta! gratidão!
Nossa, Vlad Paganini, meu conde das belas poesias, que coisa mais linda ficou esta sua declamacão. Sem contar o exemplar texto!
Amei mesmo!
Abraços,
Opa, obrigado amigo poeta Shmuel, essa poesia quando publiquei foi muito elogiada, e agora mais um nobre elogio vindo de você. Agradeço demais suas palavras. muito grato mesmo. abraços poéticos meu amigo!
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