Aventurei-me nos mares.

Filipe Miguel Baptista Pires


Aviso de ausência de Filipe Miguel Baptista Pires
NO

Tenho medo de me perder

De não saber o caminho

Tanto ainda para percorrer

Debaixo do braço, um pergaminho.

 

Desafiei o desconhecido

Parti em busca de alguém

Com o objetivo estabelecido 

De não voltar sem ninguém.

 

Viajei por países longínquos

Ao olhar nos rostos diferentes

Sentimentos oblíquos

Sensações divergentes.

 

Aventurei-me nos mares

Mas nem as correntes nem as ondas

Me mostraram os pilares

Só neblinas hediondas.

 

No Pacífico tudo tão longe,

O Índico tão cheio de ilhas

E eu aqui feito monge

À espera apenas de maravilhas.

 

Esgota-se o tempo para te encontrar

Tenho a sensação de que me afasto

Então no Atlântico decido voltar

Deixar este percurso nefasto.

 

Ao chegar ao ponto de partida

Dou por mim à tua frente

A minha mulher prometida

E eu que andei contra a corrente.

 

Tanto tempo perto de ti 

E nunca me apercebi

Que às vezes o longe está perto

Basta desafiar o incerto.

 

Filipe Pires

 

  • Autor: F. Pires (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de dezembro de 2021 19:41
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 13
Comentários +

Comentários2

  • Maximiliano Skol

    “Desafiar o incerto”, prezado Filipe, é chegar-se à ação, automática, de obedecer ao destino, depois de um “percurso nefasto”.
    Um poema excelente.
    Parabéns,
    Forte abraço.

    • Filipe Miguel Baptista Pires

      Muito obrigado por tão sábias palavras, elas são estímulo para continuar.
      Forte abraço caro Maximiliano.

    • Isel

      Que bela poesia primo 🙂
      Parabéns.



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