SÃO SEIS HORAS DA MANHÃ

Arlindo Nogueira

Sucumbe a noite cinzenta

Some a luz dos vagalumes

Os pássaros causam ciúmes

Ao voar cantando quimeras

Nas manhãs de primavera

Nas hastes da inflorecência

Da linda flor da hortênsia

Gorjeiam hinos à atmosfera

 

A flor exala seus perfumes

O céu vai mudando de cor

Prelúdios de mil amores

Já nascem ao amanhecer

E o Sol com o seu poder

Tece raios a toda a prova

Dá à terra a energia nova

Força na vida de cada ser

 

Agora são quase seis horas

Rompe aurora densa neblina

Cobre de véu branco a retina

Há um ensombrecer de magia

Mas o desvelar do novo dia

Abre as cortinas nos montes

Raios de Sol pelo horizonte

Propagam luz com harmonia

 

Os átrios pulsam o novo dia

Vida que segue o seu destino

Estrela d’alva se despedindo

Canta o sabiá no pé de romã

A brisa do dia é cheia de fãs

Qual colibri na flor do jardim

Do orvalho do brilho sem fim

Agora são seis horas da manhã

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de dezembro de 2021 11:37
  • Comentário do autor sobre o poema: Essa poesia fala do grande impacto em nossa vida tecido pelas manhãs, que nascem com perspectiva e humor, dando-nos motivação para o resto do dia. Basta começarmos nossas manhãs com admiração, observando tudo com uma oração para reforçar nossa mente. O vagalume se vai, revoando vem o pássaro cantando seu hino e sai o Sol brilhando o orvalho da flor. Tudo isso fortalece o corpo e o espírito, com sensação de gratidão e alegria pelo novo dia que começa. Escrevi essa poesia para que o leitor reflita o valor do dia, que bom é acordar e aproveitar a vida, louvando e agradecendo os dons recebidos de Deus!
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 47
Comentários +

Comentários1

  • Jucklin Celestino Filho

    Que beleza! Que bom ler versos tão lindos, de um refinado lirismo, um canto de amor à natureza!
    Muito obrigado por nos brindar com tão expressivo poema!
    Parabéns!
    Bom dia!

    • Arlindo Nogueira

      Que bom ler seu comentário Jucklin, grande escritor poeta, de uma sensibilidade ímpar na construção dos seus poemas. Vou usar aqui para agradecer as amáveis observações sobre meu poema, dois versos seus da poesia 'Folhas ao Vento': "Somos quais folhas pendidas,
      Dos galhos da vida". Por isso, necessitamos realimentar todos os dias nossos "galhos da vida" com palavras, como as vossas, que nos tocam o coração. Grande abraço.



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