Sucumbe a noite cinzenta
Some a luz dos vagalumes
Os pássaros causam ciúmes
Ao voar cantando quimeras
Nas manhãs de primavera
Nas hastes da inflorecência
Da linda flor da hortênsia
Gorjeiam hinos à atmosfera
A flor exala seus perfumes
O céu vai mudando de cor
Prelúdios de mil amores
Já nascem ao amanhecer
E o Sol com o seu poder
Tece raios a toda a prova
Dá à terra a energia nova
Força na vida de cada ser
Agora são quase seis horas
Rompe aurora densa neblina
Cobre de véu branco a retina
Há um ensombrecer de magia
Mas o desvelar do novo dia
Abre as cortinas nos montes
Raios de Sol pelo horizonte
Propagam luz com harmonia
Os átrios pulsam o novo dia
Vida que segue o seu destino
Estrela d’alva se despedindo
Canta o sabiá no pé de romã
A brisa do dia é cheia de fãs
Qual colibri na flor do jardim
Do orvalho do brilho sem fim
Agora são seis horas da manhã