Conflito
O embate entre o eu e o seu
Que parte de mim é minha?
Que parte de mim é sua?
Há quem pertenço, se não à nós?
Não quero ser seu
Quero ser meu e assim me doar à ti
Doar-te fragmentos espontâneos, mas seletivos
Se não, não entendo quem sou
Livre de ti não serei
Isolamento seria viver do que crio de meu espaço oco
Preencho a vida com você
Inevitavelmente
Se não consequentemente...
O que seria de mim?
Se é tu que me faz questionar quem sou
A moldura original e atemporal já existe
Mas não me enquadro nas proporções universais
Sou de outro universo
Que egoísmo...
O partilho à ti se quiserdes
Mas como o fazerei se não sou fluente em ser
Que pressa, o tempo sequer liga pra mim
Eu o temo e sua indiferença me angustia
Dependência emocional pela tua ilusão?
Devo assassiná-lo, nem é crime
Matar suas alucinações é cura, não caos
Que idiota ele lá não sabendo se é ou se não é
Livremente confuso
Intuição paranoica
Dopa-me logo de uma verdade que se tornará incerta
Para que assim aguente até a próxima vez
Eu e meu alter-ego em combate
Personalidade quebradiça
Maldição que devo aprender a tolerar
Ser imperfeito que sou
Maldição do peso de ser humano
Harmonia apenas no mundo
Pois ele sim é
É
Não sou
- Autor: Markzanins ( Offline)
- Publicado: 1 de dezembro de 2021 21:38
- Comentário do autor sobre o poema: Tentei criar uma intonação na leitura que soe como uma reflexão interna num momento de introspecção Quem ler me fala por favor se funcionou, ou o que precisa melhorar
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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