São duas almas no cais
Duas gotas de orvalho
Duas flores lá no galho
Evolando seus perfumes
O piscar de vagalumes
A cimeira das estrelas
Sonho um dia em tê-las
Ensombrecidos ciúmes
A lua prateando as águas
Golfinhos nadam serenos
O mundo fica pequeno
Para duas almas unidas
Que lá no cais de partida
Levando sonhos na mente
Diagramas tão diferentes
Traçando a linha da vida
Gaivotas voam nas dunas
Na praia o vento soprando
A esperança palmilhando
Nas ondas cada vez mais
Os barquinhos dão sinais
Pulsando remos gigantes
Que momento importante
De dois amantes no cais
Olhar de retinas gêmeas
Mirando as águas do mar
Dois desejos dois pensar
Segredando as emoções
Magias, sonhos, paixões.
Reunidas qual os corais
São duas almas no cais
No pulsar dos corações
O pôr do sol avermelhado
Qual semblante de desejo
Na onda doce do beijo
Farol do amor dá sinais
Como o vento vem e vai
Ali sonham dois amantes
O navio lá vem distante
São duas almas no cais
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 26 de novembro de 2021 23:11
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi essa poesia num momento ímpar, ao fazer a travessia de Ferry Boat entre Itajaí e Navegantes, SC, (outubro/2019), deparei-me com um casal de namorados, que também faziam essa travessia. Pensei comigo, o destino onde você vai não importa, mas a história que você cria pelo caminho é a que faz a diferença da viagem. Assim eram os namorados, que falavam sobre o mundo e todas as coisas eram incontáveis. Poeticamente denominei-os “duas almas no cais”, descrevendo uma história de amor, que se mesclava com os elementos do mar. Essa linguagem marítima, na construção dessa poesia, possibilitou a viajar com palavras mágicas, sonhos e paixões.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7
Comentários1
Quanta musicalidade neste poema. Ficou excelente!
Bom dia!
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