E o menino, sustenta
este obstáculo chamado medo,
nas vendas de rosas,
à meia-noite ou qualquer hora,
enfrentando o frio,
este problema chamado fome.
E o menino,
coração de lata e massa,
estufa o peito, grita o preço
e as rosas choram,
com as pessoas indignadas
que repelem o “verme”.
E o menino,
soluçando, esconde num canto,
todo sujo (“o vagabundo”),
parece que a sociedade é limpa,
e os jovens "nanicos"
não conseguem misturá-la.
E o menino
pede uma moeda
para que o “não”
não arranque de tuas mãos
a esperança de não mais ter
que “comer o pão, que um dia, o diabo amassou!”
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 23 de novembro de 2021 11:40
- Comentário do autor sobre o poema: Esta poesia (letra para ser musicada) foi construída nos idos de 80, quando vivenciei, muitas vezes, essa triste realidade que, ainda, insiste em fazer parte do cotidiano de nossa sociedade. Para refletir, mais estes versos: "Olhos lacrimejam, sonhos desatinam, mas a esperança revigora, reajamos, não precisa deixar para manhã, pode ser agora."
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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