UM FADO, POIS ENTÃO

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Se, pois, então, és recordação
Uma ilusão que saudade gera
Lá por estar fundo no coração
O silêncio é bem o que ulcera

E essa sensação tão profunda
Não perece com a primavera
Dor que faz a prosa moribunda
Tristura que sempre se espera

E, eu sem amansar essa severa
Angústia, que me faz diminuto
Ao lado onde a sonho degenera

Fico a cada minuto a me abastar
Do teu nome, em um verso bruto
De um fado, pois então, a cantar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18’08”, 16/10/2021 – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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