O quanto perdi ,
Iludido, na busca de poder
Conquistar o mundo:
Os mais preciosos
Tesouros conseguir
No turbilhão
De desenfreada ambição!
Que devaneio, buscar alhures ,
O que tinha perto.
E no meu delírio de grandeza
Me fiz deserto.
Deserto de sentimentos e emoção;
Desertos a alma, o peito, e prenhe o coração
Da ânsia por riqueza.
Quando dei por mim, peito a ilusões aberto,
No afã de muito querer e ter ,
No retorno da bússola ao quadrante,
As areias do deserto
Cobriram esse errante
Beduino, da caravana do viver.
Bem sei, errei no compasso
Os passos,
E dei de cara com a rota
Do fracasso,
Buscando aquilo
Que facultava ser um tesouro,
E que resultou em ouro de tolo.
As areias do deserto,
Na ampulheta escoando,
Apontaram o rumo
Do verdadeiro tesouro:
-- Mãe, abre a porta.
Recebe o filho ingrato,
Que agora está de volta!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de novembro de 2021 00:34
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 18
Comentários1
Meu amigo e poeta, como você escreve lindo! Que história poética, que saga! Deserto, beduíno, errante, tesouro, que bom que o filho pródigo retorna para seio materno.
Adorei!
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