Esse teimar
Em falar de mim ,
Coisas que enfim,
Guardo no breviário da saudade --
Dualidade
Entre castigo,
Ventura e amor,
Celebrado entre flores e espinhos --
Os perigos
Ao descuidar
Frente às curvas do caminho --
A encruzilhada entre esperança,
Incertezas e descaminhos:
0 caminhar
Sem prumo
Rumo
À obsessão e ilusões
As quais, hoje depuro:
As cicatrizes do tempo,
As feridas cravadas
No palmilhar
Pelos rumos
Que a vida por pirraça
Incontinenti traça
Quanto ao futuro!
O pássaro ferido,
Que mesmo tendo querido
Alçar voos atrevidos,
Galgar Infindos espaços,
Não quer viver sozinho.
Embora maltratado,
Teima no retorno ao ninho.
Sou a sombra do passado.
0 sabiá arredio,
Que não soube dosar
Os passos ,
Precipitou-se no vazio ,
E hoje volta arrempendido
Ao abençoado lar!
Depois de penar,
Num viver
Fútil, inútil e errado,
Bastante padecer
De acerbas agonias ,
Por fim, estender
O Trem de Pouso e retornar
Ao amado ninho,
Juntei as minhas dores,
E feridas
E penas e dissabores
Às muitas cicatrizes e espinhos
Que a vida me tinha dado.
E no transcurso do tempo,
Confluência dos dias,
Anseio com paciência e calma
Que venha-me a cura das feridas
Do corpo e da alma.
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de novembro de 2021 00:31
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 29
Comentários1
Sempre um enorme prazer percorrer tuas páginas, companheiro.
Ab
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