A mão que balança o berço ,
Também maneja a caneta;
A mão que oferece flores,
Também dá bofetadas;
A mão que assina o indulto,
Também assina a sentença!
Há mãos bondosas, que plantam
E colhem e oferecem
Frutos de bondade;
Há mãos maldosas ,
Na semeadura da maldade:
Não plantam, não colhem,
Destroem o que está plantado;
Onde quer que ponham as mãos,
Espalham calamidades.
Mas há outras mãos: as mãos santas,
Que balançam o berço,
Acalantam o filho;
Mãos que se multiplicam em carinho
Para todos os seus.
Sequer, em nenhum instante,
Negam afeto a nenhum deles.
Entrentato, há " tantas mães chorando
Pelos cantos,
Deram tanto,
E não receberam nada ".
Fizeram do pranto,
O canto,
Na dor,
Plantaram uma flor
Ao estenderem o lenço branco
Na despedida, fingindo sorrirem
Mas por dentro, estavam a chorar.
Mães que tanto acariciaram os filhos,
Que nunca lhes faltaram na alegria
E na tristeza, na saúde e na doença ,
E algumas abandonadas foram,
Inda assim, ofertam o perdão :
Estão sempre dispostas a acariciar,
Estendidas as mãos
No aguardo que filhos ingratos ,
Retornem ao lar
Que abandonaram
E elas os receba de braços
Abertos, para o tão esperado amplexo !
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de novembro de 2021 00:34
- Categoria: Perdão
- Visualizações: 18
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