JARDIM SEM FLOR, PINTURA SEM COR.
Cansado da vida o bardo se cala,
Não sente mais o amor como outrora!
Toda a alegria d’alma foi-se embora,
E solidão é a canção que o embala!
Sua lira é sem endereço agora,
Pois, sem rumo, de ninguém hoje fala!
Do ontem, porém, o aroma inda exala
E perfuma a dor que no peito ancora!
Mas o amor não é desejo ilusório,
Nem sentimento fugaz, transitório,
Como a estulta paixão sem valor!
Por isso é que nele ainda acredita
E o espera! Sem ele a vida é desdita,
É jardim sem flor, pintura sem cor!
Nelson de Medeiros
C.Itapemirim, 03/11/2021
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 4 de novembro de 2021 14:40
- Comentário do autor sobre o poema: Um soneto de amor, apenas, mas com endereço certo.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 65
Comentários5
Belíssimos versos! Comoventes!
Boa noite minha amigafiel.
Belissima é a tua presença.
1 ab
Impossível viver nessa desdita para sempre. O poeta não. Cala-se por un tempo. Às vezes um longo tempo. Eu arrisco dizer que o som da lira encontrará
o devido endereço no seu tempo. Já fui poeta, sei disso, posso falar rsrs.
- abraço Nelson querido. Deus continue te inspirando, irmão das Letras
Boa tarde poeta.
Sempre um grande alento ouvir comentários de um mestre como o amigo poeta.
1 ab
Lindo...! Amigo Nelson! Esse é o tão esperado e florido amor! Tenha um ótimo dia!
Boa tarde poeta
Valeu mesmo!
1 ab
Mas bah. Parabéns bardo ilustre. Mas olha tchê, acreditar no amor é a melhor aposta, vivente. Baita abraço.
Boa tarde poeta.
Com cerza meu amigo. Com certeza.
1 ab
O amor ainda é tudo.
Belíssimo!
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