Da lavadora alguém trocou uma peça,
No apartamento alguém está entrando,
Esse ladrão furtivo é quem regressa
E assim ela persiste reclamando.
Reforça as fechaduras, mas confessa
Que já por companhia tem um bando
De espectros: inda um coxo que com pressa
Consegue lhe fugir, mesmo mancando.
Teme que algum ladrão co’ o GPS
Decida a intrometer-se quando em festa
Por ágapes frequentes que oferece
Aos seus amigos... Nesta sã consciência
De intensa social vida, a mim atesta
Sua dupla realidade de vivência.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de outubro de 2021 10:09
- Comentário do autor sobre o poema: Soneto tenta expor uma das múltiplas facetas da Esquizofrenia Paranoide.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 52
Comentários3
Parabéns! Instigante poema! Gostei!
Muito obrigado, querida Bárbara.
Um beijo.
Posso dizer com propriedade que construiu de forma sublime os caminhos desta terrível enfermidade.
Prezado Júnior, desconfio que você carrega alguma formação no campo da medicina, pelos seus excelentes poemas..
Obrigado pela visita.
Um forte abraço.
Um menestrel extraordinário. Parabéns!
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