Liduina do Nascimento

Com os olhos fechados

 

 

 

Com os olhos fechados

 


As portas pareciam falar, na verdade falaram,
pedindo para que eu saísse...
Fui com os meus olhos fechados,
por não ter pressa de chegar,
parava e me sentava, em cada estação.
Atravessei mares e multidões,
cansada da maresia, fui para as serras,
fui esconder os meus sonhos com zelo,
um a um por trás das montanhas.

Depois de resgatá-los da ilha dos segredos
onde os deuses eram proibidos pisar.
Dali não se podia perceber os meus medos,
a falta de esperança, era um oceano,
na fragilidade e insegurança, disfarçados
de muita coragem, aquilo me animava.

Belo mesmo, era a rara simplicidade.
Triste, por lá, era perceber a vaidade invadindo
as almas que sem sossego iam de um lado
para outro sem cessar.

Assim só, permaneci, no recanto dos ventos,
pois somente eles, por lá, conseguiam chegar.
Imutável mesmo era o amor, tranquilo dormia,
sem se preocupar, fazendo cumprir o destino
... de amar, por amar.

Porque o amor já nasceu teimoso, esperançoso, feito
uma criança feliz por engatinhar, depois os seus
primeiros passos, para a sua mãe encontrar.

 

Liduina do Nascimento

  • Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de Outubro de 2021 11:05
  • Comentário do autor sobre o poema: Amor pelo simples
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 12

Comentários2

  • Hébron

    Poema gostoso de se ler!
    Abraço, poetisa

  • wesley santos rabelo

    lendo esse poema lembrei da música,
    "Olhos fechados
    Pra te encontrar
    Não estou ao seu lado
    Mas posso sonhar
    Aonde quer que eu vá
    Levo você no olhar
    Aonde quer que eu vá
    Aonde quer que eu vá"
    q lindo poema amei



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.