Alma verde
O inverno se foi há mais de um ano, nem respingo restou, não
faz mal, alguém sem igual, voltou, sendo muito mais amado,
substitui até a chuva, íntegro, insubstituível e admirável,
Ele é, e sempre sempre, será exageradamente adorado.
A seca não cede, quanto à minha alma, tem sede de amor.
Sobrevivi, é que o meu sustento não vem da chuva,
vem de muito distante, numa saudade, que já não faz doer.
Meu alento? ... Vem das suas letras que estão nos livros, e
descem pelas prateleiras, na sua inspiração, que me conta de você.
Nos simples detalhes; a instante. _ Que vigia os seus poemas,
de páginas, com amor, lidas, relidas, sem poeira, me dando vida!
As suas palavras... de meiguice, doce, e sinceras,
dessas coisas que só pode trazer imensa alegria,
palavras necessárias, que chegam invadindo minha alma,
iluminadas pelo brilho das estrelas, as feridas faz sarar,
a cura está no amor e na poesia.
Com você, minha vida, assiste... nas paisagens, belas cenas.
As minhas folhas, insistem, guardam a vontade de chuva,
e sentem tanta sede, mas não se cansam, de esperar...
Dia após dia, no quintal, não cessa o ardente calor, sem
chover, o sol sem piedade, resseca a flor bonina e deixa
murchar a flor, até despetalar. Enquanto minha alma verde,
refresca-se em verde folhagem e se transforma, modifica
a cor da paixão, você existe! E deixa feliz o meu coração.
Você é, será para sempre assim, nos meus dias e nas noites.
Seja de lua ou de escuridão, você vem... e apaga toda
a tristeza, não me deixa perceber quão longa é a solidão.
Liduina do Nascimento
- Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de outubro de 2021 16:57
- Comentário do autor sobre o poema: O amor é o caminho que escolhi
- Categoria: Amor
- Visualizações: 11
Comentários1
Que lindo!
Poetize poetisa, poetize!
Siga feliz.
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