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Corpos flutuantes no vácuo me pareciam tão insignificantes até eu me perder...
Instáveis, enérgicos, deprimidos, radiantes
Tão frágeis ao toque como bolhas de sabão.
De sorrisos cinzas e de olhar morto
De mãos frígidas e inquietas
Olhos anêmicos de solidão
De casas grandes e vazias que superficialmente cobriam-na "eD SairgeLa". <-
Seguravam-se um nos outros e caminhavam cautelosamente por um lugar sombrio e fétido
Podia se ouvir o chão partir como ossos
Lágrimas de sangue corriam pelo seu rosto
Seus pés estavam cravados em mentiras.
Profonavam-o na escuridão dos seus aplausos
Alfinetavam seu pobre corpo de saco de areia
Procurando liberdade entre sua pele.
Devaneios sigilosos à madrugada.
Na penumbra do amanhecer sai.
Sente em seu rosto cansado o calor do sol e já sem ânimo rabisca-o um sorriso com um pequeno pedaço de giz branco
Como uma folha seca sem rumo a perecer
Sentiu a brisa ir-se de seus pulmões
Entre soluços e lágrimas
Acendeu um cigarro e suspirou
Seu sorriso torto de giz não o servia mais...
- Autor: Wesley ( Offline)
- Publicado: 14 de maio de 2020 08:51
- Comentário do autor sobre o poema: " :'( o que há em um corpo flutuante no vácuo? - um vazio cheio de solidão, mas uma solidão de si, algo que acabou perdendo ao longo da vida... )': "
- Categoria: Triste
- Visualizações: 54
Comentários1
a vida é curta, mas a morte é eterna :'(
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