Corpos flutuantes no vácuo me pareciam tão insignificantes até eu me perder...
Instáveis, enérgicos, deprimidos, radiantes
Tão frágeis ao toque como bolhas de sabão.
De sorrisos cinzas e de olhar morto
De mãos frígidas e inquietas
Olhos anêmicos de solidão
De casas grandes e vazias que superficialmente cobriam-na \"eD SairgeLa\". <-
Seguravam-se um nos outros e caminhavam cautelosamente por um lugar sombrio e fétido
Podia se ouvir o chão partir como ossos
Lágrimas de sangue corriam pelo seu rosto
Seus pés estavam cravados em mentiras.
Profonavam-o na escuridão dos seus aplausos
Alfinetavam seu pobre corpo de saco de areia
Procurando liberdade entre sua pele.
Devaneios sigilosos à madrugada.
Na penumbra do amanhecer sai.
Sente em seu rosto cansado o calor do sol e já sem ânimo rabisca-o um sorriso com um pequeno pedaço de giz branco
Como uma folha seca sem rumo a perecer
Sentiu a brisa ir-se de seus pulmões
Entre soluços e lágrimas
Acendeu um cigarro e suspirou
Seu sorriso torto de giz não o servia mais...