KATANA

Olhos amedrontados, a espreita de coragem 

Vigiando , escondido pela estreita passagem, 

Os campos brancos, de algodão 

Tornam- se vermelhos

A realidade cruel ofusca, qualquer possibilidade de compaixão.

Pelo seu caminho, não poderá contar com a sorte

Sua história será escrita, pelas cicatrizes de seus cortes 

A imagem do medo, refletida nos espelhos  

Não existe, certo ou errado 

É matar ou morrer ,

Não importa qual seja sua escolha, 

Alguém estará disposto, a contrariar você 

Nesse mundo pútrido. 

Os dias, passam lentos 

Na mente surgirá a obliteração do silêncio, 

Levando a aniquilação, aos que não se manterem lúcidos

Pelo ar lendas e mistérios,

A honra permanece enterrada nos cemitérios.

Cada um guarda consigo , a premissa de seus motivos 

Tudo consiste, em fazer o que puder para continuar vivo 

O que mais importa, é estar de pé no final

O peso do cabo sobre o pulso, lhe faz olhar para trás e ver até onde isso o levou 

Cuidado, pois o frio e as sombras, não trazem um bom sinal 

O petrichor , traz a sensação de que tudo acabou...