HAURIR FORÇAS, ESGOTAR-SE DO VAZIO

Marcelo Veloso

A solidão é um bocado ruim,

deixa os olhos marejados,

a boca ressequida,

o coração empedernido.

O esvaziar de amor,

resulta em braços cruzados,

numa serenidade partida,

e um sonhar indefinido.

 

O corpo, então, sufocado,

esgota toda confiança,

e no deserto silenciado,

fica a alma sem esperança.

 

As mãos trêmulas se fecham,

e a inconstância causa arrepio,

a renúncia não mais segura,

tudo se transforma num vazio.

 

Pode o ser humano bastar-se,

imbuído de desejos e vontades,

suprir a própria dificuldade,

em aceitar o sim ou o não.

E quando tudo toma rumo,

o orgulho e a vaidade silenciam,

dando à logica, a estima,

de aceitar e dar o perdão.

 

Aí a razão projeta uma luz,

concedendo um novo remédio,

curando, sem cicatrizes e dores,

sem alimentar-se do tédio.

 

O encher-se de alegria alvissara,

num justar de felicidade e sinergia,

sentimento real de completude,

confortado numa retumbante harmonia.

 

Os propósitos dão a sentença,

para que os limites à soberba,

enlevem a persistência,

ao cumprimento de um agir resiliente.

As atitudes então se apinham,

para a resolução do melhorar,

retirando toda a amargura,

para o viver intensamente.

 

O que era falto, vazio,

figura agora no passado,

fazendo da extinta carência,

motivações de um importante legado.

 

E para o esvaziar-se de si mesmo,

há necessidade de um preencher intenso,

com tolerância, afabilidade e empatia,

escolhendo o legitimar do bom senso.

 

Pronto, é o fim da tristeza,

com o humor fluindo nos lábios,

conectando à vida nova,

cordura, liberdade e paz aos sábios.

 

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de setembro de 2021 12:00
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13


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