A solidão é um bocado ruim,
deixa os olhos marejados,
a boca ressequida,
o coração empedernido.
O esvaziar de amor,
resulta em braços cruzados,
numa serenidade partida,
e um sonhar indefinido.
O corpo, então, sufocado,
esgota toda confiança,
e no deserto silenciado,
fica a alma sem esperança.
As mãos trêmulas se fecham,
e a inconstância causa arrepio,
a renúncia não mais segura,
tudo se transforma num vazio.
Pode o ser humano bastar-se,
imbuído de desejos e vontades,
suprir a própria dificuldade,
em aceitar o sim ou o não.
E quando tudo toma rumo,
o orgulho e a vaidade silenciam,
dando à logica, a estima,
de aceitar e dar o perdão.
Aí a razão projeta uma luz,
concedendo um novo remédio,
curando, sem cicatrizes e dores,
sem alimentar-se do tédio.
O encher-se de alegria alvissara,
num justar de felicidade e sinergia,
sentimento real de completude,
confortado numa retumbante harmonia.
Os propósitos dão a sentença,
para que os limites à soberba,
enlevem a persistência,
ao cumprimento de um agir resiliente.
As atitudes então se apinham,
para a resolução do melhorar,
retirando toda a amargura,
para o viver intensamente.
O que era falto, vazio,
figura agora no passado,
fazendo da extinta carência,
motivações de um importante legado.
E para o esvaziar-se de si mesmo,
há necessidade de um preencher intenso,
com tolerância, afabilidade e empatia,
escolhendo o legitimar do bom senso.
Pronto, é o fim da tristeza,
com o humor fluindo nos lábios,
conectando à vida nova,
cordura, liberdade e paz aos sábios.