Carlos Lucena

SEM DIALÉTICA

SEM DIALÉTICA

No quarto escuro da inspiração
De luz apagada.
Vou tirando as vestes 
Do meu eu demente
E despindo minha mente
E com minha alma 
Desnuda e muda
Ponho os pés descalços
E caminho...
Entre laços
E embaraços.
E piso
Sobre as letras de um poema
E sobre as palavras 
Que bailam na escuridão 
E piscam 
Como estrelas apagadas
E Luzes embaçadas. 
Termino 
Não gostando dos versos.
Me sai uma Poesia torta
Parecem aleijados.
Tomam uma bengala
E saem mancando nos livros
De páginas pálidas
E rastejando
Pelas estantes da vida
Sem rima
Sem métrica
Nem dialética
Nem poema
Nem poesia...!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Setembro de 2021 00:06
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6

Comentários1

  • Altofe

    Esse poema é muito bom, excelente dinâmica e com bela poesia. Abs



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