Jessé Ojuara

Poesisana


Aviso de ausência de Jessé Ojuara
NO




 

Não tentem interpretar minha transloucada forma de poetizar.

Nem eu, servo da minha loucura, tenho essa doida pretensão.

A sanidade me oprime e a loucura me liberta.

Acredito que nada sei e de mim sei menos ainda. 

Apenas, em transe, a pena empresto, para mim ou sabe-se lá mais pra quem. 

Como a caridosa mãe de santo, que empresta o generoso corpo, para servir de cavalo para os orixás.

Alguns dóceis e profundos. Outros agressivos. Tantos  com lascívia sedução ou  infantis brincadeiras.

Hoje habito esse corpo e ontem quem fui ? Amanhã quem serei?

Sim, confesso,  não sei o que digo. Apenas digo, como um vulcão que cuspe larva. 

Eu só grito, para ver se me escuto. 

Sim, tento falar comigo mesmo. Como não tenho diário, faço poemas ou sussuros. Coisa de gente louca, graças a Deus.

Não analisem minha poesia. Apenas a absorvam, com  sua própria sanidade ou loucura. Não com os meus, mas com os seus olhos e mente. Mas lembre que a mente sempre mente.

E só tenham pena de si mesmos e não de mim. Deixem que de mim, eu não me apiede ou me conforme com o medo de ser ridículo. 

Permitam-me viver com meus próprios demônios.

Eu os alimento todos os dias, para que os meus anjos não me matem de tédio.
 

 

  • Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Setembro de 2021 10:52
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6

Comentários1

  • Preta Flor

    Absorvida com sucesso e muito prazer!!
    Parabéns poeta!

    • Jessé Ojuara

      Grato p leitura e comentário



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