Faça o que eu digo
não faça o que eu faço,
dizia o meu pai.
Eu faço, tão fácil,
o que acham difícil
p’ra mim.
Se fico, edifico,
um meio edifício,
até o fim.
Faça o que eu digo
não faça o que eu faço,
dizia o meu pai.
Traga sua bebida
quando puder,
num só gole, engolir.
Use sua própria camisa
quando souber tirar
ou vestir.
Faça o que eu digo
não faça o que eu faço,
dizia o meu pai.
Goste do ouro, da prata,
quando isto, legal,
te fizer bem.
Ame, desame,
mas não desanime,
por ninguém.
Faça o que eu digo
não faça o que eu faço,
dizia o meu pai.
Só deixe esta casa
quando sua sombra tiver a liberdade
infiltrada na paz.
Não se apavore, nem se devore,
volte de braços abertos,
mesmo que não tenha sido capaz.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 15 de setembro de 2021 23:25
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários1
Marcelo, seu poema é extrordinário, estou encantada. Em que mundo eu estava, que não havia conhecido você? Vou à sua página ler tudo. Palmas, palmas, palmas!!!
Cecília, muito, muito obrigado pelos comentários. Abraços.
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