Os meninos e o Circo
Ontem o circo deixou minha pequena cidade,
ficaram risadas e corações encantados,
também nos deixou com muita saudade
de seus personagens por nós admirados.
Perante os olhos de espanto dos meninos
surgia um colorido universo mágico,
com malabares e domadores de felinos,
também equilibristas desafiando um fim trágico.
No encanto que o circo nos trouxe
continha os mistérios da antiga magia,
em meio a pipocas e algodão-doce,
havia também os palhaços com eterna alegria.
Ah! Como esquecer desses mestres do riso?
com cambalhotas e travessuras que fazem parte
do enredo para capturar a atenção ao seu improviso
que com ingenuidade teatral nos brindam com sua arte.
O circo nos deu um mundo de sons, cores e sonhos,
sob a lona rota e sobre a serragem amassada,
e foi com pesar, mas ainda com rostos risonhos
que correndo e acenando vimos a trupe sumir na estrada.
- Autor: Altofe (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de setembro de 2021 11:55
- Comentário do autor sobre o poema: Homenagem ao saudoso Lafayete Queirolo (Palhaço Chic-Chic Jr.) com o qual tive a honra de ter recebido alguns ensinamentos de postura cênica e maquiagem circense: Lafayete Danton Queirolo Conselheiro Lafayete, Minas Gerais, 1931 – Curitiba, Paraná, 1996 Ator, acrobata, equilibrista, domador, autor, roteirista e diretor de espetáculos de teatro e televisão e músico (sax e clarinete). Cursou até o terceiro ano do Ginásio. Filho de Julian Queirolo e Lily Anna Markmann Queirolo, Lafayete pertence à terceira geração circence da família QUEIROLO. Após um ano de ensaios com Alcides Queirolo estreou no arame com maromba, icários e dândis. Também atuou como o palhaço Pif-Paf até 1976, e depois como Chic-Chic Júnior até 1996. Foi proprietário do Pavilhão Carlos Gomes, Circo Irmãos Queirolo e Circo Chic-Chic.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 41
- Usuários favoritos deste poema: Luigi Alves Bortoloto
Comentários3
Não é à toa que você se identifica como Queirolo no seu pseudónimo. Uma homenagem justa e sincera ao seu subconsciente.
Um abração, meu prezado.
Obrigado por sua estimada leitura caro poeta. Eu e Lafayete compartilhamos o mesmo sobrenome Queirolo (oriundo da Ligúria) e em certa ocasião ele e minha irmã confrontaram os ascendentes de nossas árvores genealógicas e encontraram que o bisavô dele era primo em primeiro grau de nosso trisavô, e ambos partiram no mesmo ano de Gênova para a América do Sul , só que o bisavô dele desembarcou em Santos e o meu antepassado tomou um vapor para Montevidéu, sendo que alguns anos mais tarde este e seu irmão demarcaram e fundaram a cidade de Rivera no Uruguai. Abs.
Foi com alegria que li seu poema e revivi os circos da minha infância..
Qto riso! Sem conforto, com uma lona rota... muito legal!
Muito grato com sua apreciação caríssima poetisa, não tem como pensar em circo sem imaginá-lo pelos olhos de uma criança, e a grande magia é que quando adultos visitamos o circo sentimo-nos de volta à infância. Abs.
Que bela homenagem!
Não ia muito a circos, mas admiro a arte de pessoas que se unem em várias modalidades para alegrar em principalmente as crianças.
Tenha uma linda tarde, meu abraço!
Fico agradecido com sua visita e com seu comentário. Abs.
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