UM DIA APÓS O OUTRO

Alguns pensam, que compensa,

ser forte e fazer o que der na “teia”,

aí fica uma aposta, sem resposta

quando tudo perde, incendeia.

Tem que se jogar o jogo legal,

sem sair das quatro linhas,

o que for considerado anormal,

deixa de lado, que assim definha.

O gosto de ver a verdade pronta,

é que faz a vida ter sentido,

não se deve fazer afronta,

pois isso é coisa de bandido.

Se o largo da justiça fica seco,

a compreensão do julgar corre perigo,

os ruídos estridentes causam eco,

e a liberdade, então, perde abrigo.

E se os sonhos contaminam,

com alinhamento nocivo e sagaz,

segurança e respeito, então, se eliminam,

do verdadeiro significado de paz.

Um dia após o outro sempre convém,

para justificar o azedo arroto,

e o repertório assim se mantém,

com a mesmice do toar escroto.

Quem sabe, amanhã, o sol brilhe,

e seus raios iluminem os corações,

para que o amor vença e desvencilhe,

a cegueira de tantos vendilhões.