Vésperas
À noite
Para dormir
Ele inventava sonhos
Para que pudesse se embalar
Para poder se distrair
No tempo em que o futuro ainda era um sentimento risonho
E o seu olhar ao horizonte era comum
Ainda muito vago
E que tudo iria continuar a se repetir
Pois então agora, um sonho era raro
Eram poucos ou quase nenhum
Fragmentos de um cotidiano avaro
De modo que agora dormia sem afago
E o sono custava a chegar
Ansioso, esperava seu pensamento noturno
Salto da razão para o insensato
Aguardava a transição anunciada pelo absurdo
Da consciência para a inconsciência
Até a sua ausência do imediato
Mas agora sua alma se quedava inquieta
E os seus pensamentos eram incompletos
Sua curva não era mais reta
Seu passaporte era a visão do teto...
- Autor: Vênus (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de setembro de 2021 16:10
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
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