Rui Ferreira

Gente com alma de mar


Aviso de ausência de Rui Ferreira
NO

Nem as tormentas das águas selvagens do atlântico

Nem as de nenhum outro qualquer mar deste mundo

Vergaram a determinação do povo lusitano, ousado

Tampouco venceram este sentimento profundo

 

De as águas revoltosas e salgadas, marear

Em nome de Deus e de um povo, determinado

Sequioso de conhecimento e conquistas além-mar

Em perfeita simbiose com o elemento enfrentado

 

Povo de terra e de mar, de fé e de saudade

Impelido pelas velas enfunadas de esperança

Enfrentou monstros, crenças e dogmas de verdade

E fundeou naus em terras que o olhar não alcança

 

Nobre povo imortal, que descobristes o mundo novo

Especiarias, sedas e pedras preciosas, ó fortuna ilusão

De entre os povos te tornaste num só povo

Mas perdeste-te no ouro negro, agrilhoados no porão

 

Séculos se esfumaram, leis e costumes foram alterados

Legado da expressão deixado a um povo novo, abandonado

Altivo, poderoso, de tez escura e sotaques variados

Que apesar de vencido, nunca foi quebrado

 

O lusitano que ao mar se lançou e abraçou o mundo

Não se aquieta nem se conforma, antes se agita

Como a força das ondas, se levanta num só segundo

Adapta-se e transforma-se, assim Deus o permita.

  • Autor: Rui Ferreira (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Agosto de 2021 06:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19

Comentários2

  • Barbara Guimaraes

    Maravilhoso poema! Parabéns! Gente com alma de mar, que ama desbravar e não tem medo das tormentas... me identifico!

    • Rui Ferreira

      Muito obrigado. Fico muito feliz por se identificar com a mensagem que o poema transmite. Grato

    • Edla Marinho

      Boa tarde, poeta.
      Gosto dos poemas que falam de mar.
      É bom saber que mais gente tem alma de mar e ama os desafios...
      Gostei de sua inspiração.
      Meu abraço.



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