NO
Nem as tormentas das águas selvagens do atlântico
Nem as de nenhum outro qualquer mar deste mundo
Vergaram a determinação do povo lusitano, ousado
Tampouco venceram este sentimento profundo
De as águas revoltosas e salgadas, marear
Em nome de Deus e de um povo, determinado
Sequioso de conhecimento e conquistas além-mar
Em perfeita simbiose com o elemento enfrentado
Povo de terra e de mar, de fé e de saudade
Impelido pelas velas enfunadas de esperança
Enfrentou monstros, crenças e dogmas de verdade
E fundeou naus em terras que o olhar não alcança
Nobre povo imortal, que descobristes o mundo novo
Especiarias, sedas e pedras preciosas, ó fortuna ilusão
De entre os povos te tornaste num só povo
Mas perdeste-te no ouro negro, agrilhoados no porão
Séculos se esfumaram, leis e costumes foram alterados
Legado da expressão deixado a um povo novo, abandonado
Altivo, poderoso, de tez escura e sotaques variados
Que apesar de vencido, nunca foi quebrado
O lusitano que ao mar se lançou e abraçou o mundo
Não se aquieta nem se conforma, antes se agita
Como a força das ondas, se levanta num só segundo
Adapta-se e transforma-se, assim Deus o permita.
- Autor: Rui Ferreira ( Offline)
- Publicado: 26 de agosto de 2021 06:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
Comentários2
Maravilhoso poema! Parabéns! Gente com alma de mar, que ama desbravar e não tem medo das tormentas... me identifico!
Muito obrigado. Fico muito feliz por se identificar com a mensagem que o poema transmite. Grato
Boa tarde, poeta.
Gosto dos poemas que falam de mar.
É bom saber que mais gente tem alma de mar e ama os desafios...
Gostei de sua inspiração.
Meu abraço.
Muito obrigado.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.