INTUS LEGERE

Rodrigues de Senna

Vivo de tecer

trovas

numa época

de trevas.

Versos que se desovam,

entre o fim

e o prelúdio,

alimentam-me com sobras

e sobram no absurdo.

 

Grito,

pelas grutas,

a palavra que me habita,

entre a fome

e a fruta,

entre a flor

e a carniça.

 

Lúcido, lírico

ou lúdico,

escrevo como quem

anda a esmo.

Eu sou aquele

que fica

a um passo atrás

de si mesmo.

  • Autor: Rodrigues de Senna (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de agosto de 2021 18:12
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.