Aprender e sorrir

Jose Fernando Pinto

Muitas vezes escrevi sobre aprendizado, e sempre escrevi fundamentado em minhas próprias experiências, face as minhas quedas e o que aprendia em seguida. Sim, pois a vida é um eterno cair e levantar, perder, aprender e ganhar. Em cada experiência ruim que vivenciamos pelo menos uma lição agregamos à nossa vida. È a melhor forma de aprender? Não sei dizer, mas com certeza é a melhor forma de sobreviver.


Sobrevivemos às decepções, sobrevivemos às ilusões e por vezes sobrevivemos a nós mesmos. Sim, muitas vezes somos os próprios algozes de nossas vidas. Muitas vezes esquecemos que somos humanos e “incorporamos” um papel de super-herói. Decidimos enfrentar tudo como se fossemos inatingíveis, como se fossemos eternos e como se a vida fosse uma pintura em preto e branco, fácil de encarar. Infelizmente não é assim. Ou felizmente, não sei ao certo.


O que sei, e isso aprendo com as minhas quedas, meus erros e talvez alguns raros acertos, é que não existe uma receita para uma vida perfeita. Aliás, eu nem sei se existe vida perfeita ou se existe a perfeição em nosso mundo. O que eu sei é que às vezes um detalhe que passaria despercebido para a maioria, para alguns é a própria alegria de viver. Sim, um detalhe ou uma coisa que parece insignificante, pode ser em algum instante a chama que volta a elevar o nosso espírito.


Eu não saberia mensurar o que cada pessoa valoriza ou prioriza a ponto de pavimentar os caminhos para a vida percorrer. É muito subjetivo como cada pessoa recebe da vida e digere tudo aquilo que permeia sua existência. Mas falando apenas da minha vida, aprendo todos os dias que o mais importante não é aquilo que o dinheiro pode comprar, mas aquilo que o coração pode sintonizar e de uma forma muito serena, sincronizar com sua vida.


Às vezes um carinho que recebemos um abraço ou muito menos, um simples sorriso, possui valor imensurável para o nosso coração. Faz o coração bater mais forte, faz o pulsar ser mais vibrante e talvez naquele instante aprendamos um pouco mais a nossa vida valorizar. Pode ser bobagem, pode ser loucura, pode ser apenas um delírio que insisto em escrever, mas ainda assim, é uma forma de aprender.


E como eu iniciei falando de aprendizado, acho que consegui dar um pequeno recado a todo aquele que este texto insistir em ler. Não escrevo pra ensinar a ninguém, pelo contrário, escrevo para aprender, escrevo para sobreviver, pois muitas vezes as palavras que rabisco são gritos da minha alma, outras vezes são sorrisos do coração. Sim, mesmo não sorrindo abertamente, eu adoro sorrir, muito embora meu sorriso não seja tão preciso como as lágrimas que já verti.

 

Jose Fernando Pinto

  • Autor: Jose Fernando Pinto (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de agosto de 2021 18:14
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 18
Comentários +

Comentários3

  • Edla Marinho

    "escrevo para aprender, escrevo para sobreviver, pois muitas vezes as palavras que rabisco são gritos da minha alma, outras vezes são sorrisos do coração. Sim, mesmo não sorrindo abertamente, eu adoro sorrir, muito embora meu sorriso não seja tão preciso como as lágrimas que já verti."

    Um fecho sensacional para um texto cheio de reflexão sobre cair e levantar.

    Tenha uma linda noite e um excelente domingo!


    • Jose Fernando Pinto

      Gratidão querida Edla, excelente domingo pra você também!

    • Ema Machado

      Escreve-se para desopilar a alma, aprendemos na calma, e a vida segue ensinando! Uma bela criação poética! Bravo!

      • Jose Fernando Pinto

        Gratidão querida Ema, escrever para sobreviver, para entreter, voar por aí e reconhecer, que somos todos tradutores da alma humana, pena que muitos ainda não descobriram isso, grande abraço!

      • Shmuel

        Escrever é preciso, e o amigo faz muito bem. Um texto honesto e muito bem intencionado.
        Abraços ao poeta, José Fernando Pinto.



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