DÚVIDA CONSTANTE

Edla Marinho

Muitas coisas fiz, talvez inda faça 
Não sei o que me resta nesta vida
Quanto inda chorarei em despedidas
Nas linhas desta estrada que em mim passa

Se é verdade que haverá uma volta
Se um dia, noutra vida viverei
Feliz tenho vivido e partirei 
Sem mágoas, sem dores e sem revolta 

Mas essa dúvida que às vezes é tormento 
Tira-me o sono e toma o pensamento 
Sem resposta, fico sempre a cismar 

Terei, de reencontrar, o direito 
As pessoas que hoje trago no peito
Se um dia noutra vida eu voltar? 

 

Edla Marinho 
27/06/2021 

 

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de agosto de 2021 21:15
  • Comentário do autor sobre o poema: Certos pensamentos por serem insistentes, recorrentes, geram dúvidas...
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 30
Comentários +

Comentários2

  • Shmuel

    Sim, são dúvidas e respostas que nos próximos cinquenta anos não quero saber.kkk
    Edla, oque dizer sobre um poema tão bem construído. Você é uma poeta indefectível.

    • Edla Marinho

      Grata, Shimul, do fundo do coração, por tão carinhoso e encorajador comentário!
      Meu abraço!

    • João Jorge o Poeta Sorridente

      Este seu lindo SONETO
      Dá uma mui bela CANÇÃO
      Das que perfuram o PEITO
      E adoçam nosso CORAÇÃO

      • Edla Marinho

        Muito obrigada, João Jorge, seu comentário é muito precioso.
        Abraços.



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