Ernane Bernardo

Meu Pai

 

Meu Pai

 

Eram apenas dezenove anos... 

Será que tudo estava nos planos de Deus? 

Seus olhos lacrimejaram… 

Quando ele se foi, sem dizer adeus! 

 

Sim! Apenas dezenove anos! 

… E eu já não usava mais minhas fardas…  

Logo! Já não estava nos meus planos 

Já conviveria em lágrimas camufladas… 

 

Longas noites à espera, a mesa... 

Havia o silêncio, a música tocava, pai! 

Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa... 

No peito, o aperto, lembranças do meu velho pai. 

 

Notívagos, quando a dor açoitava o peito 

Saía pelas ruas, com os olhos encharcados. 

… E nunca faltava ao pai, meu respeito 

Não fosse sua educação, viveria embriagado.

 

_ Ernane Bernardo

  • Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Agosto de 2021 17:48
  • Comentário do autor sobre o poema: Meu pai, poema participação no mesclado dos poetas colibris.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 24

Comentários3

  • Hébron

    Um poema com toda sensibilidade de afeto!
    Parabéns, amigo!
    Abraço

    • Ernane Bernardo

      Bom dia Hébron, grato por comentar, "um pequeno escrito de uma grande dor." forte abraço.

    • Shmuel

      ..."Não fosse sua educação, viveria embriagada"...

      São esses legados que forjam os grandes homens.
      Parabéns, Ernane Bernardo.

      • Ernane Bernardo

        Gratidão meu amigo colibri por seu comentário, bom dia um forte abraço.

      • Edla Marinho

        Sempre bom ler teus versos, amigo Ernane.
        Estes, uma linda homenagem ao "papai".
        Meu abraço.

        • Ernane Bernardo

          Idem minha amiga poetisa Edla, feliz por dar minha contribuição no seu mesclado, um dia abençoado cheio de inspirações.



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.