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Ernane Bernardo

Meu Pai

 

Meu Pai

 

Eram apenas dezenove anos... 

Será que tudo estava nos planos de Deus? 

Seus olhos lacrimejaram… 

Quando ele se foi, sem dizer adeus! 

 

Sim! Apenas dezenove anos! 

… E eu já não usava mais minhas fardas…  

Logo! Já não estava nos meus planos 

Já conviveria em lágrimas camufladas… 

 

Longas noites à espera, a mesa... 

Havia o silêncio, a música tocava, pai! 

Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa... 

No peito, o aperto, lembranças do meu velho pai. 

 

Notívagos, quando a dor açoitava o peito 

Saía pelas ruas, com os olhos encharcados. 

… E nunca faltava ao pai, meu respeito 

Não fosse sua educação, viveria embriagado.

 

_ Ernane Bernardo